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17 de abr. de 2009

Introspecção...



Maria Bethânia - Baioque



Justo eu que falo tanto, hoje, procuro palavras para expressar o que sinto, e não encontro...
A poesia dos meus dias anda escondida, em algum canto do meu sentir.
O brilho do sol, o cinza das tardes frias e o sereno da noite, que tanto me encantam, já não causam o efeito do lirismo que faz minha alma despir-se.
Ando por aí... Ando por aqui...
Ando passeando por mim, buscando respostas.
Estas noites insones que fazem parte do meu existir andam desequilibrando meus processos (necessários) de verborragia.
O silêncio passa a me tocar carinhosamente, me convida (de forma insistente) a voltar ao escuro, protegido e quente lugar da minha toca. E eu que sou mesmo bicho solto sem rédeas e nem correntes me recolho devagar...
Não tenho mesmo pressa, para a desilusão.
Ando àtoa... Nos passos dos meus sentimentos saio sem rumo certo.
Gritei tanto que fiquei sem voz, mas meu grito seco ecoou nesse abismo que sou.
Chorei tanto que sequei lágrimas e esperança, desiludi ideias vãs...
Meu corpo febril e assustado encolheu-se e encontrou-se.
Eu senti medo e não declarei. Senti saudades e me calei. Senti raiva e rasguei minha alma. Meu amor eu afastei...
Eu estive só por tanto tempo que aprendi a me fazer companhia, e quando tudo o mais vacilar eu estarei lá.
Eu queria apenas esquecer... Mas nessa tentativa de esquecimento mais eu me lembrava. Preciso de canções.


Amor à todos
Beijos na alma.

PS: Esse post é um enigma... adivinhe se puder.

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