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28 de jul. de 2009

Luxury




 Isabella Taviani - Luxuria



Acordei, hoje, ardendo.
O corpo em brasa, o coração sôfrego, o peito ofegante...
Uma ânsia latente, no corpo e na alma.
Meu corpo inteiro era um gemido úmido de desejo.
Coxas comprimidas... sexo latejante... mãos que se acariciam e imploram...
Lembranças.
O corpo fala, e o meu grita as tuas marcas nele...
Incubus!



Amor á todos
Beijos na alma

25 de jul. de 2009

Tempo de falar...




 Ana Carolina - Aqui



E existem razões para chorar...
chorar de sobra, por todas as tardes.
Mesmo que a única razão fosse consolar...
Esperei tanto tempo por palavras que confortassem a alma. Por tanto tempo... Que cansei minha alma de esperar.
Nunca soube dizer em qual momento mais se dificultou o meu sentir. Não sei se quando precisei dizer, e não havia ninguém para ouvir... Ou se quando precisei ouvir e não havia ninguém para dizer.
Ando cansada, ainda. E cada, vez menos tolerante. E isso me assusta.
Nunca antes minha impaciência durou tanto tempo.
Desejo silêncio!
Silêncio de ideias tumultuadas.
Silêncio de sentimentos turbulentos.
Silêncio das palavras não ditas.
Silêncio das verdades que gritam no espírito.
Meu desejo é de declarações sinceras, sejam elas de amor ou de ódio.
Meu desejo é de verdades faladas, doloridas ou não.
Se morro,que seja sentindo os lábios do meu amor em um ultimo beijo.
Se vivo,que seja sentindo seu abraço a silenciar o mundo a minha volta.
O que quero é sentir o coração pulsar tanto e tão forte que me tire o ar. minha vontade é que um beijo me cale a voz e um abraço me contenha o espírito...
E mesmo sendo realidade oque me grita aos ouvidos que abra os olhos para ver. Me permito desejar.
Por vezes me percebo intolerante até com minha ânsia juvenil de alegrias frívolas...
E permaneço!
Busco equilíbrio. não firo ninguém com minha intensidade existencial. Espero. Pois sinto que o cansaço da minha alma em aguardar, fará com que o movimento aconteça.
E continuo.
Busco paixões pela vida. Só vivo sob forte paixão!!!


Amor a todos
Beijos na alma.

11 de jul. de 2009

Ao seu devido tempo.




 Lulu Santos - Tudo Bem


De tempos em tempos a alma transcende espaços. Assim como ultrapassa a si própria e compreende.
Compreende sua essência e totalidade e passa à um passo adiante. Afinal é preciso continuar.
Me pergunto porque ousamos dizer "para sempre" ou "nunca mais", se ambos levam tempo demais para existir e se tornarem reais.
Por esses dias me peguei pensando em promessa e juramentos de amor. E ri!!
Ri dos meus próprios e de outros mais...
Ri dos momentos, únicos,em que a felicidade fica tão intensa que simplesmente prometemos e juramos. E ri do fato, indiscutível, de que naquele instante a promessa feita é uma VERDADE ABSOLUTA.
E minha duvida ficou maior...
Em qual momento nossa consciência transcende todos os obstáculos e passamos a ser mais reais?
Será quando somos tão felicidade, que juramos eternidade, mesmo sendo efêmeros?
Ou, será quando acreditamos nas verdades das promessas, sabendo que são passageiros, mas ainda assim as acreditamos eternas?
Somos realmente engraçados.
Conhecemos nossa impossibilidade de eternizar tudo o que somos e tudo o que sentimos. Mas quando amamos, nos esquecemos... E acreditamos no "pra sempre" e "nunca mais".
Na verdade, deve fazer pouca diferença diante da sinceridade com a qual sentimos e prometemos.
Mas e depois??
E a saudade amarrando o peito em nó apertado? E a frustração do sonho acabado? E a certeza de que o "pra sempre" sempre acaba?...
Acredito que nesse instante, talvez, nossa consciência se recolha por um instante e passemos a um estagio de semi-consciência entre a verdade do que somos e a verdade do que sentimos.
Também percebo, que divagar, como acabo de fazer, não diminui a saudade em nós.
Apenas falo para que se gaste a ausência das promessas, minhas e outras...


Amor à todos
Beijos na alma.

4 de jul. de 2009

Passo e repasso....




 Ivete Sangalo - Quando a chuva passar


Hoje eu acordei vazia, num estado de letargia semi-consciente... Apesar da dor lancinante, que eu sabia existir,eu estava vazia.
No lugar do coração um oco... No lugar das lágrimas uma aridez de emoção... no lugar do sorriso uma expressão metálica... Eu não me sabia pessoa. Me sabia vazio.
Contei meu passos na rua... Todos eles.
Caminhei silenciosa, por todo o meu dia. O vazio dentro de mim me calou a voz, o pensamento, o sorriso...
De repente nada fazia sentido ou tanta diferença, afinal. Existi nesse dia sem viver.
Meu pensamento não se formulou. Minha voz proferiu frases ensaiadas. Apenas meu coração batia sua solidão.
Meu rosto, maquiado, não demonstrou suas marcas mal dormidas.
Meu corpo, perfumado não deixou visível sua dor somatizada.
Apenas meus olhos não puderam esconder sua tristeza, pois o brilho da alegria, nesse dia, manteve-se apagado.
Havia em mim vestes invisíveis de solidão...
Com meu sorriso afiado e desafiador, ferindo minha própria alma, eu fui a dor da distância.
Por poucas vezes, nesse dia, lágrimas teimosas e rasas nasceram da minha alma e fugiram pelos meus olhos, rasgando a mascara com a qual me escondia. Mas minhas mãos trêmulas as impediam de cair.
Por vezes, incontáveis, um grito seco misturado de saudade e fúria tentou escapar da minha garganta, mas minha voz rouca o calou.
Unhas me apertavam os braços e entrelaçavam-se em meus cabelos num ato desesperado. E por menos reais que parecessem, eram as minhas próprias... Apenas silenciando a aflição que existia em mim...
E enfim.
Foi outro dia que passou...E eu permaneci vazia.
Amanhã, não sei se conto os passos, se deixo o desespero se externizar. Só sei que permaneço...


Amor à Todos

Beijos na alma.

1 de jul. de 2009

De novo, outra vez e novamente....




 Peninha - Uma brincadeira


Não sei explicar...
Mas de uma forma absurda, sempre e inevitavelmente, quando tudo parece (por fim) encaixado, vem a vida e da uma rasteira na gente.
Hoje passo a passo subi a ladeira, a mesma que tantas vezes me levou à momentos de alegria... Hoje subi para elevar minha dor.
Andei devagar, bem devagar, por que a cada passo, mais perto eu ficava de uma grande e dolorida solidão...
É inexplicável.
Tudo de uma hora pra outra ruindo, de novo... Essa coisa de vida cíclica é, por vezes, ferina à alma.
Enfim, circulei apenas para dizer que hoje sou dor e tristeza.
Que a mente não compreende, o coração não aceita, o corpo não admite.
Fico pensando como a vida esta sempre em uma eterna síndrome de borderline... Extremista em nos trazer amor e dor, felicidade e saudade, intensidade e solidão.
Me assusta!
Já me perguntei, um milhão de vezes se eu sou um problema??? Não sei.
As vezes somos além do que achamos, somos menos do que esperamos e nunca oque desejamos...
Mas sou inteira, sou intensa, sou de verdade.
Hoje, meus caros, desabafo meus sentimentos, porque a tristeza está em mim, mas que minha própria alma.
Hoje, faço com a canção acima, uma singela homenagem á um grande amor. Iniciado meio de brincadeira, finalizado meio sem explicação.
Hoje, sou a cara da instabilidade o corpo da angustia e a alma da solidão.
Outra fase.
Outra metade de algo mais, que já não sei explicar.
Não sei se digo "obrigada", se digo "Adeus", se digo "volta", se digo "vai".
Talvez seja "de novo", o momento de silenciar.
Hoje sou, também, fera ferida. E "como fere e faz barulho um bicho que se machucou..."
Me recolho novamente ao calor da minha toca, assim ninguém me toca e não se fere com o meu sentir.


Amor à todos
Beijos na alma.