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15 de set. de 2012

Hora do ceifeiro!




Acho que funciona assim...
Você fica meio alheio a tudo, entra numa especie de apatia e passa a ver sua própria vida de fora e é bem estranho mesmo.
Como me fazem falta as musicas de roda da infância, onde meu único problema era cantar e rodar, e ficar tonta era a sensação mais gostosa no meio de tudo aquilo.
Hoje em dia ficar tonta significa estar em meio a uma roda com sérios problemas com cara de insolúveis.
Demorei um pouco pra entender que alguns caminhos aparecem para serem cruzados e pronto!
Tenho a "estranha mania de ter fé na vida" e o péssimo habito de querer tudo sob controle.
Algumas coisas são incontroláveis e pronto.
Se apaixonar é incontrolável.
Ter pesadelos é incontrolável.
O sol e a chuva são incontroláveis.
É só a vida que segue... Isso não facilita em nada minhas síndromes, mas desculpa minhas ânsias.
A vida foi boa comigo até hoje, mas anda gritando que eu me mexa de algum modo.e embora tenha um mar de tristezas aqui dentro, de mim, preciso mesmo dar aquele primeiro passo; aquele que dói um pouco mais do que os outros, mas é necessário.
E é preciso escolher onde pisar, porque alguns passos vão causar dor mesmo e outros vão ser mais confortáveis.
Eu tenho me sentido imensamente sozinha e embora eu tenha pessoas a minha volta ainda me sinto desconectada do mundo.
De qualquer modo estou aceitando as mudanças e decidindo para onde guia-las, as que posso controlar... e as demais que venham e, por favor, me façam bem.
Ando com aquela necessidade, por vezes irritante, de encontrar um ombro amigo e ficar por ali, chorando um pouco, sem falar muito, só expurgando "demônios" via lagrimas.
Confesso que minha sorte tem me ajudado, bons anjos andam aparecendo para me ajudarem a dar uma trégua para esse desesperar de sentimentos e sensações que me invadem o peito nos últimos dias.
Se chorar desse dinheiro, não precisaria mais trabalhar...
Por hora vale dizer que "a vida vale a pena se a alma não é pequena", que as reviravoltas tem seu lado positivo também, que o medo é bom por que nos faz pensar, que o primeiro passo (aquele que dói muito) é necessário.

Obrigada Nathy Keiko, de novo.
Obrigada Luciana Telles, pela a ultima "prosa", pelas risadas, pela semelhança de ideias e a certeza do mau gosto alheio e pelo convite para o mosteiro, de onde certamente seremos expulsas por tanto falar.
Obrigada Leão por suportar as chorumelas.
Obrigada João cabeça de sabão por me deixar usurpar, por completo, seu computador!

Beijos na alma








12 de set. de 2012

E o tempo não tem piedade.



Hoje eu tive uma conversa com uma grande amiga, com quem não falava havia muito tempo, por conta dessas coisas da vida, e nossa conversa foi em torno do tempo que passou, e de tudo o que não fizemos.....
Falamos do tempo que se faz urgente e necessário e muitas vezes somos incapazes de acompanhar...

Eu não me lembro direito de quais eram os meus planos para os meus 37 anos, mas certamente fogem bastante de onde estou. Ser impiedoso, esse senhor tempo...
Me deu rugas, cabelos brancos, algumas decepções...
Ganhei muita coisa boa também.
Mas a pergunta que ressoa em mim é: "tenho tempo"?

Hoje pela manhã, assisti, na TV, um programa que se chama "30 coisas para se fazer antes dos 30 anos".
A cabeça é, sem duvida, um juiz impiedoso; por que meu primeiro pensamento foi: Fudeu!!! Vou ter que fazer uma lista "50 coisas pra fazer antes dos 50 anos"??
A faculdade de letras ficou bem lá atras, a de direito foi esquecida por completo, e não levo jeito pra enfermagem.
A dança ficou em algum passado distante e se verteu em quilos extras.
Onde eu me deixei???????

É, caros amigos, muitas questões que o tempo não nos da tempo para responder.

Mas a conversa de hoje, sempre maravilhosa, me deu um vislumbre de outro angulo.
E, é claro, que o que não vale é perder o resto do tempo.

Eu estive vivendo!
Eu amei a ponto de achar que ia morrer de tanto amar.
Eu falei de moda, eu vi os shows que eu queria ver (nem todos...), eu viajei e vi gente, eu aprendi historia, falei com índios, cantei na chuva e tomei porres de vinhos. (malditos porres de vinho...)
Eu fui "poeta", e me quis atriz.
Eu dancei em publico e dancei sozinha e dancei para um publico! (não, nada de dança sensual...)
Eu briguei com as minhas amigas e fiz as pazes com elas.
Eu me casei e descasei e casei de novo e descasei outra vez (graças a Deus...) E sou a favor do casamento.
Eu assinei abaixo assinados, eu pintei a cara na era Collor, eu corri de punk e dividi marola com hippie.
Eu tive filhos, eu fiz aborto (foi um erro, pra mim!!! Esse assunto é mesmo coisa muito pessoal).
Eu fui na macumba e fui na igreja evangélica e continuei indo na igreja católica até sentir que não era ai que eu queria estar, pra mim não bastava.
Eu ri em teatros e chorei em cinemas.
Eu li tantos livros que uma hora se confundiam em mim.... ate bula de remédio eu andei lendo.
É, sou Nerd assumida mesmo!

Eu vivi!!!

Não, eu não estou nem perto das minhas pretensões dos anos passados...
Mas eu estou aqui!
Eu tenho os melhores amigos do mundo!
Eu tenho os melhores filhos do mundo!
Eu tenho o melhor relacionamento do mundo!

E não sou tão feliz assim, e eu tenho medo de um monte de coisas, e eu erro feio, e acerto lindo, e eu amo e odeio com a mesma intensidade.
Eu posso estar doente, mas não estou morrendo!
E não sei se vou fazer uma lista das "coisas pra fazer antes de morrer"... muito lúgubre, até pra mim.

Agora to ocupada comigo, com as minhas mudanças.
To "possuída" com uns e outros por aí e to aqui.

Simples assim!

Obrigada, Nathy, pelas horas ao telefone e pelas palavras sempre certeiras. Pela amizade e pela alegria de ter lembrado da vida que pulsa em mim.





Beijos a alma!

10 de set. de 2012

Falando, simples assim...




E de repente a gente se cansa...
Ando bem irritada.
Aborrecida com a falta de ética das pessoas, remoendo velhas broncas que ficaram no peito.
Decepcionada com a falta de verdade em muita gente e com muitas preocupações... Minha época de mudanças esta aí, batendo na porta.

Ando preocupada comigo!

Descobri um inchaço estranho no pescoço, e dado o histórico familiar de câncer, já estou apavorada.
Eu não sei dizer, mas assim de repente parece que todo o “meio de campo” ficou embolado.
E essas incertezas são de matar.

Fico pensando em todas as seleções que se fazem naturalmente na vida da gente, e imagino se essas rasteiras da vida não vêm com a finalidade de colocar a gente no caminho certo, mesmo que pareça torto no inicio.

Ando retorica, eu bem sei. Mas acho que as coisas tristes não se gastaram em mim.
Ando precisando de coisas novas. E precisar do novo também é natural.

Com o tempo a gente vai aprendendo a encarar os desafios, mas é impossível evitar os medos.
E de medo eu entendo bem...
Tenho medo de errar nas escolhas, tenho medo de errar nos julgamentos, (por que, sim, mesmo sem querer fazemos julgamentos!)
Tenho medo de errar nas palavras, medo de errar nos gestos, medo de errar na vida alheia.

E mesmo com medo, a opção é seguir em frente.
E de repente compensa que essa seja a única opção, assim desistir fica inviável.
Não sou muito boa em desistir das coisas...

E assim vou seguindo meu caminho de tijolos nada amarelos. Desejando um ombro amigo de vez em quando, ansiando certezas que estão completamente além de todas as minhas possibilidades e continuo indo.



Amor a todos

Beijos na alma.


2 de set. de 2012

Fechando as portas.



Eu tenho me sentido muito só nos últimos dias.
Trabalho ruim, filhos dando trabalho, vida dando aquelas rasteiras que deixam a gente com raiva...
Uma vontade absurda de chorar.
Mas é aqui que a gente paga o preço pelas nossas escolhas.

Eu ando carregando algumas magoas aqui no peito.
As vezes penso em vomitar tudo o que tenho sentido, as vezes penso em deixar pra lá.
Vou achando que não vale a pena, mas esse sentimento que conheço como raiva me compele a repensar.

Eu li por aí que não existe ex amigo, existe filho da puta! E quer saber? Concordo!
Mas tem um "limbo" entre um extremo e outro...
E aqui eu penso que algumas pessoas já não valem a pena.
Estou mudando tudo mesmo, então pra que dar valor a qualquer coisa ruim, de quem não tem mesmo tanta
importância na minha vida.
Eu já disse antes, e repito, a vida é feita de um grande processo seletivo do que é bom e vale a pena e do que não é.

Essa coisa de magoa é complicada.
Se você prende pode ganhar um câncer, se você solta ganha magoas alheias... Complicado essa coisa de ser gente,
Acho que todas as pessoas sofrem, de vez em quando, da síndrome do estrangeiro.
Sabe como é? Quando você não se encaixa, esta desconectado do resto do mundo?
Pois é.
Sinto uma saudade brutal da minha terapeuta...

Ando cansada. Cansada de gente que precisa provar qualquer coisa sobre si mesmo.
Eu não sei dizer como, mas quem é o que quer ser, é e pronto.Não precisa listar sobre si mesmo!

Vou deixar a magoa passar. Aceito que não vale mesmo a pena.
Coisas bregas me aborrecem!
Volto, eu acho... quando a raiva diminuir e essa coisa toda em mim se amenizar.




Amor à todos
Beijos na alma.