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21 de out. de 2015

eu-lacuna



Então ela estancou.
Estancou simplesmente; ali na mesa, olhando o computador lotado de e-mails que urgiam em respostas e ela sequer os compreendia... ela lia  e relia e nada fazia sentido, apenas a própria dor era figura constante, lasciva e inteira.
Caminhou até o banheiro, intuía que lavar o rosto a livraria da angústia que vinha lhe comendo a alma.
E dessas coisa loucas que a vida faz e não explica; ela olhou-se de frente, de novo. Ali mesmo, naquele banheiro pequeno, com luz fraca e um espelho grande. 
Seus olhos se encararam silenciosos, ela desejou estar na Matrix. Estendeu a mão até o espelho e riu sozinha quando tocou com as pontas dos dedos, desejando que o espelho cedesse.
Olhou a sua volta e de novo para o reflexo, e viu lá, bem ali na sua frente, claro e largo, seu sorriso. Aquele que havia sumido há dias e que dera lugar as torrentes constantes de lagrimas. E ela pode gargalhar sinceramente, riso solto, rouco, louco. E viu que isso era bom!
E ali, naquele banheiro, ela decidiu que o bom era todo o amor que teve na vida. E lembrou-se de Gonçalves Dias... e riu de novo. A vida é mesmo poesia.


Se se morre de amor

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!”

9 de out. de 2015

Sobre recomeços







Ontem foi dia de postagem coletiva dos Escritores da Era do Compartilhamento.
O tema era Recomeço.

E recomeçar vale a pena, pois a alma não é pequena.
E recomeçar vale a luta, vale a caminhada, vale as lágrimas derramadas, vale os sorrisos divididos.
A vida, sempre cíclica, sempre cheia de (re)começos, é nossa forma de sermos ainda melhores.
A vezes dói, as vezes quebra, mas vale. Sempre vale!

Eu não tive tempo de fazer um texto grande, nem melhor, mas quero compartilhar com vocês, os textos MARAVILHOSOS, escritos pelos meus colegas, e agora já amigos.


Leiam a vontade, e quando cansarem , leiam mais; é um recomeço!